sábado, 25 de outubro de 2014

Leitura orante: dados históricos e metodológicos

TERMINOLOGIA A expressão leitura orante (lectio divina) significa: leitura divina, leitura orante, leitura lenta e atenta da Palavra de Deus. É uma maneira orante de fazer a leitura da Bíblia, dialogando com Deus a partir de sua Palavra. A leitura orante da Bíblia para ser bem feita, exige atenção, disciplina, assiduidade, humildade, gratuidade e prontidão para acatar os ensinamentos divinos. E ainda, atenção ao método proposto (leitura, meditação, oração e contemplação). A leitura orante não é estudo e nem experiência extraordinária. É um modo orante de ler a Bíblia, para “escutar o que Deus tem a lhe dizer, conhecer a sua vontade e viver melhor o evangelho de Jesus Cristo” (Frei Carlos Mesters). É colocar-se a disposição de Deus: “Fala Senhor que teu servo escuta” (1 Sm. 3,10) ou “Faça-se em mim segundo a tua Palavra”. (Lc. 1,38). http://www.padrefelix.com.br/imagens/lectio01.jpg1. Conhecendo a história Para os judeus, é a obediência à Palavra de Deus que garante o cumprimento da promessa: bênção, terra, e descendência. Israel é convidado a ouvir o Senhor e amá-lo, obedecendo e praticando todos os seus estatutos (Dt. 6,4, Dt. 30,11 - 14; Ex. 19,8; Ex. 24,7). A Palavra era para ser meditada, rezada e ensinada, estando no coração e na mente. Deveria ser escrita na entrada das casas para que o povo nunca deixasse de meditar. (Dt. 6,1 - 13). Os judeus entendiam que a Torá era a presença de Deus no mundo e que deveria ser experimentada pela oração, meditação e contemplação (Ne 8,1 - 12), pois é através da meditação que o povo descobre a vontade de Deus em seu dia-a-dia. (Js. 1,8; Sl. 1,2). O Novo Testamento relata a relação profunda de Jesus com as Sagradas Escrituras, a tal ponto de assumir a Palavra de Deus em sua vida e missão. Para ele a Palavra tem que ser atualizada no hoje da história (Sl. 21(22); Lc. 4,16 - 30; 24,13 - 35; At. 8,26 - 40). A Igreja primitiva, a exemplo de Jesus, continuou a rezar e a praticar a Palavra, e ainda, pela ação do Espírito Santo, foi capaz de interpretá-la e reescrevê-la a partir de Jesus Cristo; a Palavra Encarnada, (Jô. 1,14), Nele se cumpre toda a escritura (Lc. 4,20). Os santos Padres, dentre eles se destaca Orígenes, assumiram a prática da Igreja primitiva, de fazer uma leitura orante da Palavra, e assim, difundiram aos fiéis. Para eles “a leitura divina supõe escuta e resposta”. Outro grupo importante pela prática da leitura orante são os monges. Eram assíduos na meditação, vivendo na intimidade com Deus por meio da Palavra. Infelizmente, ouve um período, a partir do século VIII, em que o povo não teve mais acesso mais Palavra, passando a conhecê-la quase que unicamente por meio da História Sagrada e das pinturas dos vitrais das Igrejas. Entretanto, a Bíblia continuava sendo lida e meditada nos monteiros. Entretanto, a leitura orante, como é conhecida hoje, com seus quatro passos: leitura, meditação, oração e contemplação, foi sistematizada no século XII, por um monge Cartuxo, chamado Guido II da ordem cisterciense. Lamentavelmente, na Idade Moderna, aconteceu outra crise de ruptura com a Bíblia, tudo passa a ser interpretado à luz da razão, ou de modo oposto, no fundamentalismo e sentimentalismo. Porém, Deus que jamais abandona o seu Povo, por meio de seu Espírito Santo, mobilizou a Igreja através do Vaticano II para que retornasse as Sagradas Escrituras (DV 21 - 26). Daí pra cá, a Igreja tem conclamado os fieis para se aproximarem mais da Bíblia, conforme recomendou a Conferência de Aparecida: “entre as muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura, existe uma privilegiada à qual somos convidados: a lectio divina ou exercício da leitura orante da Sagrada Escritura. Essa leitura bem praticada conduz ao encontro de Jesus Mestre” (DA 249). Também o Sínodo da Palavra lembra aos fiéis a importância de desenvolverem uma intima relação com a Palavra. Cada Igreja particular tem se empenhado em realizar atividades que concretizem esse projeto, como tem feito a Arquidiocese de Londrina, que vem estimulado muito a Leitura Orante da Palavra, através da oração pessoal e comunitária, também, por meio de retiros, encontros de capacitação da Leitura Orante, reuniões dos grupos bíblicos de reflexão, escolas bíblicas e teológicas. 2. Os quatro passos da leitura orante segundo Guigo II No século XII, o monge Guigo II, enquanto fazia trabalhos manuais, trazia consigo uma escada. Pediu a Deus que lhe desse a graça de subir até Ele, assim como se sobe em um andaime, foi então, que teve uma visão, na qual, viu uma escada com quatro degraus que chegava até Deus, chamada “escada espiritual”, ou “escada dos monges”, onde cada degrau estava interligado com o outro, sendo que o primeiro degrau era sustentado pela Palavra. Os degraus eram: leitura, meditação, oração e contemplação. A base da escada unia a terra ao céu, chegando até Deus. Na escada de Guigo cada degrau precede e depende do outro, nenhum pode subsistir sem o outro. Assim acontece com a leitura, meditação, oração e contemplação. A leitura oferece o material para a meditação. A assimilação da meditação leva a oração e a oração provoca a contemplação, segundo a qual, o fiel passa a ver o mundo com os olhos de Deus, ou seja, se compromete, tornando-se discípulo missionário. Leitura (lectio): é o primeiro degrau da escada. Ela se propõe a responder a seguinte questão: O que o texto diz em si? É um processo lento, onde o leitor precisar ler várias vezes o texto, até se familiarizar com a Palavra, sendo capaz de contar espontaneamente o texto lido. Nesse passo, recomenda-se que se observe as palavras chaves, os verbos, as palavras repetidas, podendo grifar a expressão que mais chamou a atenção. Ao ler o texto sagrado não se pode desconsiderar o contexto em que foi escrito. Faz-se necessária uma leitura atenta e lenta para não manipular o texto, considerando os três níveis: literário, histórico e teológico. “No nível literário vai-se analisar o texto, descobrindo a sua relação com o contexto literário. Algumas perguntas podem ajudar como: Quem? O que? Por quê? Quando? Como? Com que meios? Como o texto se situa dentro do contexto literário do livro de que faz parte? No nível histórico vai-se buscar conhecer o contexto nos aspectos: político, social, econômico, ideológico, afetivo, antropológico e outras. Procura-se descobrir quais os conflitos que estão por traz do texto ou nele se refletem para, assim, perceber melhor a encarnação da Palavra de Deus na realidade conflitava humana, tanto do povo do Bíblia como nossa. No nível teológico vamos procurar saber o que Deus tinha a revelar naquele tempo e como o povo respondia, assumia e celebrava a Deus. Busca-se o sentido de cada palavra. Aconselha-se a usar alguns recursos como: comentários, notas de rodapé, dicionário”... Depois de se ter obtido todas essas informações, quando se sente interrogado pela Palavra, então chegou o momento de se passar para o segundo passo. Meditação (meditatio): é o segundo degrau da escada orante, o momento de atualizar a Palavra. A Leitura Orante, é como um espelho, que reflete o passado no presente, no chão concreto do dia-a-dia. A meditação busca uma resposta iluminadora para a vida a partir do próprio texto sagrado. “O que o texto me (nos) diz hoje”? Propõe-se uma reflexão profunda, e interpeladora como fez Maria (Lc. 2,19.51). A Palavra faz uma conexão entre o texto e a vida, entre nós e Deus. Algumas perguntas podem ajudar como: “Qual é para mim a idéia e o valor fundamental do texto lido? Por que é importante? O que me sugere e como me questiona? Com qual personagem me identifico? Que sentimentos e atitudes me transmitem? Como posso, com esses pensamentos, iluminar minha vida? Trata-se de deixar que a Palavra penetre profundamente na intimidade do meu coração, e depois mobilizar todas as energias para confrontar-se, ir dentro da Palavra e converter-se a ela. A meditação indica o esforço que se faz para atualizar o texto e trazê-lo para dentro do horizonte da vida e realidade, tanto pessoal como social”. Outro modo de meditar é “ruminar” a Palavra, repetindo várias vezes o versículo que mais chamou a atenção, saboreando-a até que ela ilumine a missão (Ez. 3,1 - 3). A meditação nos ajuda a compreender, pela ação do Espírito Santo, o próprio Deus (2 Tm. 3,16), e a entender o sentido pleno da Palavra (Jo. 16,13). Quando a Palavra provoca desejo de falar com Deus, então chegou o momento de subir mais um degrau. Oração (oratio): é o terceiro degrau. Acontece quando se é capaz de perceber a luz da leitura e meditação os apelos de Deus. É quando a Palavra lida e meditada provoca um diálogo com Deus. “O que o texto me (nos) leva a dizer a Deus”? É o momento de resposta, de confrontação entre o projeto divino e a fragilidade humana. Os questionamentos feitos pela Palavra se tornam oração, motivo de louvor, súplica, ação de graças, arrependimento. A oração faz voltar a Deus o que ele mesmo disse pela Palavra e pela ação do Espírito Santo. Ela se insere na própria vida. O que se vive torna-se conteúdo da oração e expressão do amor de Deus. A oração leva à ação e a ação leva à oração (Lc. 10,29 - 42). Entretanto, os momentos reservados são essenciais para um encontro íntimo e profundo com Deus que se revela na Palavra e na vida humana. Toda a oração deve ser movida pela Palavra, deve-se falar com Deus a partir do texto. Quando as palavras se esgotam e brota no coração o desejo de ficar calado diante de Deus, apenas deixando-se ser amado por ele, então está na hora de passar para o passo seguinte. Contemplação (contemplatio): é o último degrau da escada. Para a tradição da Leitura Orante, a contemplação é o ápice, o ponto alto do método, é o resultado da assimilação da Palavra de Deus no coração humano. Leva a dar uma resposta a Deus assumindo compromissos de acordo com a Palavra: “O que o texto me (nos) leva a viver”? A contemplação é o resultado dos três primeiros passos, é como a seiva de uma planta, é a doçura, o sabor, o que restou da leitura, meditação e oração. É a hora de fixar o olhar em Deus (Sl. 25,15a), deixando-se abraçar por Ele (Lc. 15,20). A contemplação não requer palavras, mas um silêncio contemplativo. Ela convida a conversão, ao compromisso, ela leva a ação. irmã Solange das Graças Martinez Saraceni, ICP REFERÊNCIA BIANCO, Enzo. Lectio Divina: encontra Deus na sua Palavra. São Paulo: Salesiana2009; CONFERÊNCIA DOS RELIGIOSOS DO BRASIL. A Leitura Orante da Bíblia. São Paulo: Loyola, 1990; MESTRES, Carlos; BROLLO, Elda. Leitura Orante da Bíblia: São Paulo: Paulinas, 2008 (Florder); ZEVINI,Giorgio. A Leitura Orante da Bíblia. São Paulo: Salesiana, 2006

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ESCREVAM E AJUDEM A LECTIO DIVINA A CRESCER !

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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

ENCONTROS DE LECTIO DIVINA 2014

Retomamos nossos encontros de LECTIO DIVINA toda segunda-feira às 20:30 horas no SALÃO PADRE CHICO que fica na Igreja de Santa Teresinha (para localização e contato acessar a página web em http://www.paroquiasantateresinha.com.br.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

LECTIO DIVINA - Leitura Orante da Biblia

LECTIO DIVINA (Leitura Orante da Bíblia) Por Pedro de Arruda Monteiro Júnior -----> A Lectio Divina é um método de oração muito praticado na Igreja desde os seus primórdios e, segundo D. Garcia M. Colombás, “ler, escutar, reter, aprofundar, viver a Palavra de Deus contida na Escritura, mergulhar nela com fé e amor: nisso consiste essencialmente a Lectio Divina”. O primeiro a utilizar a expressão Lectio Divina foi Orígenes – teólogo e escritor cristão (aproximadamente 185-253 d.C.) -que afirmava que, para ler a Bíblia com proveito, é necessário fazê-lo com atenção, constância e oração. Tempos depois, a Lectio Divina transformou-se na coluna vertebral da via religiosa. As regras monásticas de São Pacômio, Santo Agostinho, São Basílio e São Bento fizeram dessa prática, junto ao trabalho manual e a liturgia, a tripla base da vida monástica. A sistematização da Lectio Divina em quatro escalas provém do século XII. Ao redor do ano 1150, Guigo II, monge e Prior da Grande Cartuxa, escreveu um livrinho intitulado “Escada de Jacó – Tratado sobre o modo de orar, escada dos monges e escada do paraíso”, onde expunha a teoria dos quatro degraus, na sua famosa Scala Claustralium, a saber: a lectio (leitura), a meditatio (meditação), a oratio(oração) e a contemplatio (contemplação). Ele afirmava que “essa é a escada pela qual os monges sobem desde a terra até o céu”. As leituras bíblicas mais indicadas para a Lectio Divina são basicamente os Salmos e os Evangelhos. É bom deixar bem claro que não existe uma clara distinção ou zona fronteiriça entre os quatro diferentes degraus da Lectio Divina. Eles chegam a se confundir um com o outro e a se completar. Cada degrau simplesmente segue o anterior.----> Degraus da Lectio Divina:::----> 1. Lectio (Leitura) O leitor-orante está iniciando o primeiro degrau ou passo da Lectio Divina. Portanto, de preferência, deve estar com o corpo bem relaxado e acomodado. Também a mente deve estar livre de quaisquer preocupações ou inquietações. Deve ser escolhido um texto bíblico, de preferência curto. Ele deve ser lido, bem lenta, pausada e cuidadosamente (ser ouvido interiormente) com toda a atenção. O leitor-orante deve apropriar-se das palavras como se Deus as dissesse para ele, naquele momento. A leitura do texto bíblico pode ser repetida quantas vezes se fizerem necessário, até que ela faça morada no coração de quem a lê, pois, no dizer de Mario Masini: “É no coração que se encontra a sala onde o Senhor é acolhido”. O leitor-orante não pode se esquecer de que ele é um ouvinte da Palavra de Deus e, como tal, deverá sentir-se tocado pelos mesmos sentimentos com os quais o texto lido foi escrito. É necessário deixar-se envolver pelo texto. Ele deve responder à seguinte pergunta durante a leitura: O que diz o texto?----> 2. Meditatio (Meditação) Superado com êxito o primeiro degrau ou passo da Lectio Divina, o leitor-orante dá início ao segundo degrau ou passo da mesma. É preciso deixar o texto bíblico agir nele e, para que isso aconteça, faz-se necessário “ruminar, mastigar, digerir” a Palavra de Deus até descobrir o que é que Deus está falando com ele. Neste momento particular, pode-se imitar a atitude de Samuel: “Fala, Senhor, que teu servo escuta” (1Sam 3, 1-10ss). Segundo o monge Guigo II, “a meditação é uma acão da mente que procura com ardor, sob a guia da razão, o conhecimento da verdade escondida”. Para isso é necessário dialogar com o texto, fazendo com que ele participe da vida do leitor-orante: a vida ilumina o texto e o texto ilumina a vida. Trata-se aqui da uma atualização do texto para mim mesmo, por isso a pergunta a ser respondida é: O que diz o texto para mim hoje, agora?----> 3. Oratio (Oração) O terceiro degrau ou passo da Lectio Divina é a oração. Nos dois degraus ou passos anteriores era a Palavra de Deus que se manifestava ao leitor-orante. Era ela que conduzia o diálogo: era dela que vinham as respostas. Agora, acontece o contrário. O leitor-orante é o protagonista do diálogo oracional. Se antes era Deus quem lhe fazia a proposta, agora, através da oração, é ele quem responde a Deus. Ele passa a conversas com Deus a partir do texto bíblico. Sua resposta – oração ou diálogo com Deus – pode ser uma súplica, uma ação de graças, uma petição etc. Aqui poderá ser imitada a atitude de Maria: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”(Lc 1,38). A pergunta que se deve fazer é: O que o texto me faz dizer a Deus?----> 4. Contemplatio (Contemplação) O último degrau ou passo da Lectio Divina é a contemplação, que por assim dizer é o resultado natural a que se chega pelos passos percorridos anteriormente. Agora as palavras já não se fazem necessárias. Basta o silêncio oracional. É preciso calar-se e entregar-se a Deus. É preciso permitir que seja ele a agir. É um momento de adoração. A vida, o mundo, as pessoas passam a ser vistos a partir dos critérios de Deus. A visão de tudo se dá a partir de Deus. Referindo-se aos diferentes degraus ou passos da Lectio Divina, o monge Guigo II afirmava em forma de resumo: “A Leitura procura a doçura bem-aventurada; a Meditação encontra-a; a Oração pede-a e a Contemplação saboreia-a. A Leitura conduz o alimento à boca; a Meditação mastiga-o e digere-o; a Oração formula o desejo e a Contemplação atinge o gosto e a doçura; a Contemplação é uma elevação do espírito acima de mim mesmo; suspensa em Deus, ela saboreia as alegrias da doçura eterna”.----> Texto extraído http://www.mosteirosaojoao.org.br/index.php/ora-et-labora/lectio-divina do folheto Lectio Divina, publicado pela Paulus Editora

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Site para Leitura Orante diária

Para uma boa lectio divina diária no silencio de seu catinho de oração particular, acesse http://www.paulinas.org.br e clique no link leitura orante na parte superior esquerda da página, logo abaixo do título Evangelho do Dia.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

site encontro pessoal com Jesus

Agora temos site !
Gente ! Criei o site Encontro Pessoal Com Jesus, link abaixo:

http://sites.google.com/site/encontropessoalcomjesus/

onde podem ser acessadas matérias da

Catequese Familiar

Lectio Divina

Escola de Teologia

Acessem, pois o site está sendo feito para vocês !